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Os Artificiais condensadores energéticos
na magia negra


            PERGUNTA - Solicitamos vossas considerações para a nossa maior compreensão do que sejam os Artificiais e de como são criados.
            RAMATÍS - Os Artificiais, espécie de formas-pensamentos densas oriundas das emanações mentais dos homens encarnados e desencarnados, são importantes a vossa compreensão pelos extensos malefícios que causam. São criados continuamente, de forma inconsciente, pelos egos inferiores da grande massa da população da Terra, relacionados com os sentimentos de vaidade, ciúme, inveja, sensualismo, gula, entre tantos outros negativos.1
            O acúmulo dessas formas astral-mentais vos deixa "encobertos" por uma massa informe e viscosa, como se fossem agregados a própria aura, que se "alimentam" continuamente do fulcro gerador que e a mente de cada um de vós, como se criassem vida própria, qual parasita que domina completamente a planta que o aloja.
            Quando há o desligamento do Artificial hospedado no invólucro carnal após a morte, os efeitos são intensos. O pensamento, que se apoderou da matéria plástica do plano astral, rebaixando-a vibratoriamente para uma densidade capaz de saciar as sensações de seu criador, fortaleceu-se a tal ponto que a sua desintegração não é imediata, em alguns casos demorando séculos. Ocorre que tais energias condensadas de baixas vibrações não ficam vagueando a esmo pela imensidão astral que envolve a Terra. Por sintonia, tendem a intensificar as idéias idênticas as que originalmente as criaram, e então tais "entes" logo estarão imantados em outros homens, que os fortificarão ainda mais. A par disso, embora o Artificial não tenha inteligência própria, e como se tivesse um desejo instintivo de perpetuar sua existência, reagindo com a força do seu próprio magnetismo, que tende a intensificar os pensamentos similares que encontra em seu raio espacial de ação. Como a maior parte dos pensamentos continuamente emitidos e que envolvem toda a aura do planeta são de baixa moralidade, dos mais sórdidos interesses, podeis concluir quão vasto terreno adubado se encontra à disposição dessas ervas daninhas, formas-pensamentos denominadas Artificiais.


1 O Dr. José Lacerda de Azevedo, introdutor da Apometria, em seu primeiro livro, "Matéria-Espírito - Novos Horizontes para a Medicina", Ed. do Autor, escreve:
            "A energia da mente pode ser projetada no espaço através de estruturas conhecidas como formas-pensamento. Constituídas de um núcleo de energia com forma modelada pela mente que as projeta, elas podem prejudicar ou beneficiar as pessoas que visam, conforme a vontade de quem as crie - consciente ou inconscientemente. Projetada, ela normalmente atua primeiro sobre o campo ou corpo mental de outros seres, dai passando para os corpos ou campos astral e etérico, para enfim agir sobre o físico, já convertida em ação psicomotora. Se lançada com emoções, porém, se revestirá de massas magnéticas tanto mais densas e turvas quanto mais baixas (e negativas) forem as freqüências vibratórias das emoções; nestes casos, em que se inclui a geração de formas-pensamento, a energia mental emitida atingirá primeiro e diretamente o corpo astral da criatura visada, de onde passará para o etérico e, em seguida, o físico."


            Potencialmente mais nefastos do que os Artificiais que são criados inconscientemente, são os Artificiais potencializados conscientemente pela ação mágica dos magos negros líderes das organizações trevosas. Criaturas de gigantesco poder mental, conhecem profundamente as técnicas do pensamento para fortalecer os Artificiais, e utilizarem-nos em seus trabalhos, como robôs que levarão a efeito as mais terríveis tarefas. Podem guiá-los a distancia como se o Artificial estivesse com toda a inteligência da mente malévola que o domina. Prolongam seguidamente suas existências, vampirizando a vitalidade dos encarnados nos processos obsessivos planejados pelos psicólogos das Sombras. Outro processo que os mantém fortalecidos são as continuas oferendas com sacrifícios de animais e derramamento de sangue quente, eivado de vitalidade nutritiva. Assim sendo, são perigosos e duram "infinitamente" se não forem destruídos por espíritos benfeitores que conhecem profundamente essas manipulações energéticas, propiciadas pela extrema plasticidade do plano astral.
            A engenharia da magia negra e de extremo poder na arte de criar Artificiais para o mal. Vem desde os idos da velha Atlântida, e infelizmente essa situação persiste até os dias atuais, em que enormes falanges de Artificiais dominam completamente algumas agremiações terrenas. Muitas das manifestações mediúnicas que ocorrem nesses locais não são de espíritos, mas de Artificiais teleguiados pelos inteligentes e ardilosos magos, sacerdotes do umbral inferior na arte mais negra que ainda existe em vosso orbe, pela similaridade de pensamentos desditosos com a população da crosta. Formando simbiose entre ela e as dimensões de vida do Plano Astral, é aleijão que gera imenso carma negativo, que só se atenuará com a justa imposição das futuras encarnações corretivas, que conduzirão ao inexorável crescimento moral das consciências envolvidas nessas ações hediondas.

"Amai-vos e Instruí-vos" Dr. Inácio Ferreira





Dr. Inácio Ferreira

- Você sabe Odilon que eu não sou de exagerar. Quem não quiser complicação, voltar à Terra por conta de inimigo, trate de ir perdoando; caso contrário, mergulhará de cabeça naquele monte de carne, que é o corpo, para viver um caso de amor com o seu desafeto... Outra coisa: quem não perdoa, pira... E, ficando doente, vai ao médico, que arranja um punhado de nomes complicados para a sua doença: angústia, depressão, psicose, sindrome disto ou daquilo... A pessoa não sabe, mas o problema é falta de perdão e Amor. Os obsessores ficam em volta dela, suplicando indulgência... Com um pouco mais de amor, a gente resolveria metade dos problemas cármicos da Humanidade.


Dr. Inácio falando para os Drs. Odilon e Adroaldo no livro "Amai-vos e Instruí-vos"

Biografia de André Luiz


André Luiz


O espírito que conhecemos como André Luiz, em sua última encarnação foi um médico brasileiro residente no Rio de Janeiro. Com bons conhecimentos científicos e grande capacidade de observação, foi-lhe permitido relatar, através do médium Francisco Cândido Xavier, suas experiências como desencarnado. Desejando manter o anonimato - possivelmente respeitando parentes ainda encarnados - quando questionado sobre seu nome, respondeu adotando o nome de um dos irmãos de Chico Xavier.
Alguns espíritas, talvez mais levados pela curiosidade do que por fins práticos, já criaram algumas hipóteses sobre a identificação do médico carioca desencarnado, mas são apenas especulações sem maior solidez ou confirmação pelo próprio André Luiz. O primeiro livro de André Luiz é de 1943. Neste livro ele descreve sua chegada ao plano espiritual, iniciando pelo período de perturbação imediato após a morte, seguindo pelo seu restabelecimento e primeiras atividades, até o momento em que se torna "cidadão" de "Nosso Lar", colônia espiritual que dá nome ao livro.
Seguem-se outras obras que descrevem experiências e estudos do autor no plano espiritual, que ao longo da obra vão cada vez mais sendo direcionados a tarefa de esclarecimento dos encarnados sobre as realidades do plano espiritual, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier (as datas são dos prefácios de Emmanuel):



Série André Luiz


Essa série é uma seqüência de 16 livros psicografados por Chico Xavier (em alguns houve parceria com o médium Waldo Vieira) com o espírito André Luiz, a partir do ano de 1944. A coleção também é conhecida por "Série Nosso Lar" e "A Vida no Mundo Espiritual".


Nosso Lar - 1943


Nesta obra, André Luiz apresenta Nosso Lar - uma colônia espiritual -, transmitindo suas observações e descobertas na mesma, atuando como um repórter que relata suas próprias experiências no plano espiritual. Em sua narrativa, destaca o encontro com a própria consciência como a maior surpresa diante da morte carnal.
O livro nos permite de certa forma antever o que poderá estar a nossa espera após abandonarmos o corpo carnal pela morte física, além de comprovar ser a Terra oficina sagrada onde o homem deve aprender a elevar-se, aproveitando dignamente a oportunidade que o Senhor lhe concedeu.



Os Mensageiros - 26 de fevereiro de 1944


Este livro revela que a morte física descortina a vida espiritual em contínua evolução. Relata as experiências de vários espíritos que reencarnaram com trabalhos programados, necessários aos seus próprios aprimoramentos. É evidenciada ainda a oportunidade de trabalho dos médiuns, alertando-os quanto à necessidade da prática dos ensinamentos na esfera íntima, a fim de se evitar o retorno ao plano espiritual sem o cumprimento dos compromissos assumidos. Em 51 capítulos, apresenta as experiências da vida comum de servidores do Espiritismo, elucidando temas como: culto doméstico, doutrinação, calúnia e pavor da morte.



Missionários da Luz - 13 de maio de 1945


André Luiz desvenda aqui os segredos da reencarnação, revelando a tarefa dos espíritos missionários encarregados do processo do renascimento. Em vinte capítulos, discorre sobre a continuação do aprendizado na vida espiritual, o perispírito como organização viva moldando as células materiais, a reencarnação orientada pelos espíritos superiores e aspectos diversos das manifestações mediúnicas.O livro ensina que a Providência Divina concede, sempre, ao homem, novos campos de trabalho, através da renovação incessante da vida por meio da reencarnação.



Obreiros da Vida Eterna - 25 de março de 1946


Em 20 capítulos, analisa a experiência dos espíritos no plano espiritual, apresentando o trabalho dos obreiros de Jesus Cristo na assistência cristã, lutando contra as trevas e o sofrimento, fornecendo também notícias das zonas de erraticidade que envolvem a crosta terrestre.
O livro objetiva mostrar que a morte não modifica milagrosamente o homem, que é fruto de si mesmo, no cumprimento das leis divinas, buscando equilíbrio e evolução.
"Ninguém morre. O aperfeiçoamento prossegue em toda parte. A vida renova, purifica e eleva os quadros múltiplos de seus servidores, conduzindo-os, vitoriosa e bela, à União Suprema com a Divindade."



No Mundo Maior - 25 de março de 1947


André Luiz focaliza aspectos da vida no mundo espiritual e da comunicação entre seres desencarnados e encarnados, especialmente durante o repouso do corpo físico. O autor espiritual fornece esclarecimentos sobre as causas do desequilíbrio da vida mental e apresenta os correspondentes tratamentos espirituais. Sob forma romanceada, analisa temas como aborto, epilepsia, esquizofrenia e mongolismo, destacando o socorro imediato prestado aos necessitados pelos trabalhadores espirituais, que evitam, o quanto possível, a loucura, o suicídio e os extremos desastres morais. O livro revela a importância do conhecimento científico, mas ressalta a supremacia da terapêutica do amor.



Agenda Cristã - 18 de junho de 1947


Pequeno curso de espiritualidade que André Luiz apresenta, não se tratando de presunçoso ementário de recomendações rigoristas. É mensagem amiga para companheiros que reclamam diretrizes dos espíritos, como se o verdadeiro trabalho salvacionista residisse fora deles mesmos. Ele apresenta a palavra do nosso plano de luta, onde aprendemos que o milagre da perfeição é obra de esforço, conhecimento, disciplina, elevação, serviço e aprimoramento no templo do próprio "eu". Não se trata, portanto, de manual pretensioso. Aqui o leitor observará somente a lembrança dos antigos ensinos do mestre Jesus Cristo, em novo acondicionamento verbal, de modo a recordarmos com ele que o reino divino - edificação de Deus no homem - em verdade jamais surgirá no mundo por aparências exteriores.



Libertação - 22 de fevereiro de 1949


André Luiz destaca o trabalho dos espíritos superiores no esforço de conversão ao bem do espírito Gregório, que culmina com o inesquecível reencontro com sua mãe, espírito de escol, rendendo-se ao chamamento irresistível do amor.O livro focaliza a senda evolutiva do ser além do corpo físico, objetivando esclarecer que "a cada um será dado de acordo com suas obras". A obra testifica ainda a misericórdia divina concedendo a todos abençoadas oportunidades de libertação pelo estudo, pelo trabalho, e pelo perseverante serviço na prática do bem.



Entre a Terra e o Céu - 23 de janeiro de 1954


Renovando seu interesse em nosso aprimoramento íntimo, André Luiz revela a história de Amaro, Zulmira e Odila, dentre outros, recuando nos acontecimentos de suas anteriores existências, desde a Guerra do Paraguai até os dias do Rio antigo. Em seu prefácio, Emmanuel nos assegura que "os quadros fundamentais da narrativa nos são intimamente familiares", como a tormenta do ciúme, as lutas cotidianas para aquisição do progresso moral e os desajustes em família.
Objetiva mostrar a vida comum das almas que aspiram à vitória sobre si mesmas, aproveitando o tempo para a aquisição do progresso moral.



Nos Domínios da Mediunidade - 3 de outubro de 1954


André Luiz analisa os vários aspectos da mediunidade, enaltecendo o esforço dos médiuns fiéis ao mandato espiritual recebido antes da reencarnação e advertindo sobre os riscos do intercâmbio mal conduzido entre os dois mundos. Trata da psicofonia, do sonambulismo, da possessão, da clarividência, da clariaudência, do desdobramento, da fascinação, da psicometria e da mediunidade de efeitos físicos, entre outros temas, objetivando ressaltar a importância da sintonia do pensamento no trabalho mediúnico.



Ação e Reação - 1 de janeiro de 1957


Aqui é encontrada uma descrição das regiões inferiores da esfera espiritual e do sofrimento a que se projeta a consciência culpada, após a morte do corpo físico. São apresentados estudos de casos reais, oferecendo orientações sobre o débito aliviado, a lei de causa e efeito, os preparativos para a reencarnação, os resgates coletivos e o valor da oração. O autor mostra-nos que as possibilidades na atual existência estão vinculadas às ações em existências passadas, do mesmo modo que as ações na atualidade condicionarão as possibilidades futuras.



Evolução em Dois Mundos - 21 de julho de 1958


Para estudar o processo evolutivo do ser, André Luiz alia os conceitos da ciência com a mensagem consoladora de Jesus reavivada pelo Espiritismo, oferecendo admirável estudo científico sobre o harmonioso elo existente na evolução da alma nos dois planos da vida: o mundo material e o mundo espiritual.Em sua primeira parte, trata do fluido cósmico, corpo espiritual, evolução e sexo, mediunidade, alma e reencarnação, dentre outros temas. Na segunda parte, através de perguntas e respostas, trata de questões como matrimônio e divórcio, gestação frustrada, determinação do sexo, aborto criminoso, dentre outros assuntos relevantes



Mecanismos da Mediunidade - 6 de agosto de 1959


Apresenta o estudo e a explicação espírita da mediunidade à luz da ciência. Oferece aos médiuns e estudiosos do tema os recursos para a compreensão de complexas questões da física e da fisiologia que, inteligentemente, vão sendo relacionados com os inúmeros aspectos da mediunidade. Destaca que, além dos conhecimentos necessários, surgem os impositivos da disciplina e da responsabilidade como fatores de aprimoramento das criaturas que se devotam ao intercâmbio com o mundo maior, dentro dos princípios do evangelho à luz da doutrina espírita.
Traz, em 26 capítulos, conceitos sobre energia, átomo, onda mental, química nuclear, reflexos condicionados, ideoplastia, psicometria e obsessão, dentre outros.



Conduta Espírita - 17 de janeiro de 1960


Coletânea de mensagens esclarecedoras que indicam como agir perante as múltiplas situações e opções que se apresentam na vida do homem. Nas palavras de Emmanuel: "abraçando o Espiritismo pedes, a cada passo, orientação para as atitudes que a vida te solicita (...) Não encontramos aqui páginas jactanciosas com a presunção de ensinar diretrizes de bom-tom, mas simples conjunto de lembretes para uso pessoal no caminho da experiência. (...) Assim, ler este livro equivale a ouvir um companheiro fiel ao bom senso. E, se o bom senso ajuda a discernir, quem aprende a discernir sabe sempre como deve fazer".
Preceitua ainda a necessidade de aperfeiçoamento, ressaltando que o exemplo digno é a base para toda e qualquer realização respeitável.



Sexo e Destino - 4 de julho de 1963


Que efeito terá para o espírito imortal em sua vida futura, em seu destino, suas experiências sexuais e sua conduta, quando encarnado?
Este livro objetiva afirmar a aplicação da lei de causa e efeito na retificação do caminho evolutivo. Apresenta 28 capítulos divididos em duas partes: a primeira, psicografada por Waldo Vieira e a segunda por Francisco Cândido Xavier. O leitor encontrará neste livro respostas às suas indagações sobre o relacionamento sexual humano, com as implicações na vida do espírito imortal, possibilitando-lhe que "aprenda com a biblioteca da experiência". Sexo e destino, amor e consciência, liberdade e compromisso, alcoolismo, culpa e resgate, lar e reencarnação são, dentre outros, os temas abordados nesta obra



Desobsessão - 2 de janeiro de 1964


Este livro presta valioso auxílio àqueles que se propõem a tratar, com a devida seriedade, em reuniões específicas do centro espírita, o grave problema da obsessão, que, como as mais diferentes e temíveis doenças do corpo físico, se constitui em flagelo da humanidade.
Objetiva ainda esclarecer que a desobsessão é trabalho de amor conjugado ao conhecimento dos princípios do Espiritismo, abordando temas que orientam os trabalhadores desde o preparo para uma reunião ao despertar, cuidados com a alimentação, superação de impedimentos, pontualidade, manifestações, passes, educação mediúnica, até o encerramento da reunião.



E a Vida Continua... - 18 de abril de 1968


Tem como tema principal a condição mental dos habitantes da espiritualidade, apresentando o retrato espiritual da criatura ao desencarnar, com o objetivo de demonstrar que a vivência dos habitantes do Além está relacionada com sua condição mental.
Ensina a prática do auto-exame na certeza de que a vida continua plena de esperança e trabalho, progresso e realização, ajustada às leis de Deus, com vistas a preparar cada alma para o que virá depois da morte. Em 26 capítulos, traz a história de personagens reais que, desencarnados, deparam-se com o amparo dos amigos espirituais, incentivando a renovação por intermédio do estudo e do trabalho, preparando-os para rever sua vida e traçar novas diretrizes



Respostas da Vida -21 de maio de 1975



Além destes livros, André Luiz, também participou de obras conjuntas com outros autores espirituais, principalmente Emmanuel. A relação abaixo, indica algumas destas obras (as datas são dos prefácios):
9 de outubro de 1961, O Espírito da Verdade, Autores Diversos, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB;
2 de julho de 1963, Opinião Espírita, Emmanuel e André Luiz, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB;
11 de fevereiro de 1965, Estude e Viva, Emmanuel e André Luiz, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB;
15 de maio de 1965, Entre Irmãos de Outras Terras, Autores Diversos, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB;
3 de junho de 1972, Mãos Marcadas, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, IDE;
3 de outubro de 1973, Astronautas do Além, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires, GEEM
15 de maio de 1983, Os Dois Maiores Amores, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, GEEM
6 de agosto de 1987, Cura, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, G.E.E.M
17 de janeiro de 1989, Doutrina e Aplicação, Autores Diversos, médium Francisco Cândido Xavier, CEU;



A obra medíunica de André Luiz teve - e ainda tem - uma influência considerável sobre o movimento espírita. Suas descrições do plano espiritual - tornando mais preciso e detalhado nosso conhecimento do mesmo - estabeleceram novo patamar de compreensão da vida espiritual, também incentivaram a criação de instituições espíritas devotadas as atividades assistências e grupos de estudos inumeráveis. Por exemplo, temos as "Casas André Luiz" e o "Grupo Espírita Nosso Lar", que se dedicam ao atendimento de crianças deficientes; a "Casa Transitória Fabiano de Cristo", que se dedica ao atendimento de gestantes carentes; o grupo "Os Mensageiros" que se dedica a distribuição gratuita de mensagens espíritas; a própria Associação Médico-Espírita, que tem aprofundado o estudo das obras mediúnicas de André Luiz e suas relações com a prática médica.
É interessante observar que o primeiro livro de André Luiz causou grande impacto pela novidade de suas informações, alguns chegaram a contestar suas descrições de uma vida espiritual muito semelhante a que levamos na Terra, mas o acúmulo de evidências - deste mensagens descrevendo de modo fragmentário a vida espiritual, até obras completas de outros espíritos, por médiuns como Yvonne A. Pereira - provaram sua veracidade. O mais curioso é que descrições semelhantes já existiam desde os primeiros tempos do "Modern Spiritualism" - por exemplo, as que foram registradas por Andrew Jackson Davis (nasc. 1826 - desenc. 1910) - mas tinham caido no esquecimento.
BibliografiaAs Vidas de Chico Xavier, Marcel Souto Maior, Ed. Rocco; Chico Xavier - Mensageiro de Deus, Coleção Luzes do Caminho, Editora Escala; Ciclo de Estudos Sobre a Obra Evolução em Dois Mundos - Boletim Médico-Espírita número 5, Dr. Paulo Bearzoti, AME; História do Espiritismo, Arthur Connan Doyle, trad. Julio de Abreu Filho, Editora Pensamento; Lindos Casos de Francisco Cândido Xavier, Ramiro Gama, LAKE; Obras diversas de André Luiz;


Recordações de Modesta

Caso de obsessão


 O livro, O drama de um desconhecido, Aborda de forma romanceada um complexo caso de obsessão, tratado com sucesso pelo grupo de atendimento espiritual do Centro Espírita Grão de Mostarda, de Fortaleza.  A história acontece em uma região de intenso sofrimento, onde espíritos cruéis aprisionam e escravizam recém-desencarnados para subtrair seus fluidos vitais.


"... Uma reunião de desobsessão às vezes precisa interromper sua rotina para atender a uma emergência. Neste caso, podem ficar certos seus componentes de que se algo não for feito naquele instante, uma tragédia pode acontecer em algum lugar, não necessariamente identificado. "

"... Digo para o senhor que o instrumento mediúnico deve manter o controle para que um espírito inferior não repita o que fez aqui. Permitimos o ocorrido para que servisse como aprendizado para a médium, mas estávamos a postos juntamente com a equipe de guerreiros que protege esta casa. O controle deve ser exercido pelo médium! Ninguém pode fazer isso por ele. A mente é território inegociável. É como casa que só manda o dono. O irmão fique atento! Nós também estamos. Isto tudo foi permitido para aperfeiçoamento do grupo. Não pensem que são frágeis. Há uma tribo de guerreiros que cerca todo o quarteirão e protege a casa em dias de reuniões. "

Livro: O drama de um desconhecido
Autor: Luiz Gonzaga Pinheiro

Maria Modesto Cravo



A dona Modesta de Uberaba Maria Modesto Cravo nasceu na cidade de Uberaba-MG, em 16 de abril de 1899. Teve formação católica, casando-se aos17 anos com Nestor Cravo, em 1915. No ano seguinte transferiram residência para Belo Horizonte e tiveram comofilhos: Eurythmia, Euclydes, Ermelinda, Eduardo, Erasto, Esdras e Erasmo. Maria Modesto teve importante participação no nascente movimento espírita em Uberaba, juntamente com a participação de seu pai e sua tia. Em documentos que tratam sobre os planos pioneiros da doutrina em Uberaba, consta: “em 20 de março de 1910, reuniram-se na casa de José Villela de Andrade os irmãos em crença José Villela de Andrade, Manoel Felippe de Souza, Anselmo Trezzi, João Augusto Chave, Evarista Modesto dos Santos (irmã de João Modesto) e outros, para tratarem dos meios de obter-se os recursos para a aquisição de um terreno e a construção de um edifício, destinados à reunião e mais trabalhos que tinham o objetivo de propagar a Doutrina Espírita. Sentindo os primeiros fenômenos mediúnicos em sua esposa, em forma de obsessão, o que acarretou inúmeros problemas para a família, seu esposo buscou o aconselhamento espiritual, recebendo como orientação que ela fosse ao encontro de Eurípedes Barsanulfo, na cidade de Sacramento-MG. Seu organismo estava fraco, sendo realmente diagnosticada a influenciação, oriunda de espíritos infelizes. Eurípedes indica tratamento físico e espiritual, através da fluidoterapia. Em poucos dias, Maria Modesto apresentava significativa melhora, sendo convidada a trabalhar na equipe mediúnica. Passado pouco tempo, já recuperada, Maria Modesto é orientada por Eurípedes Barsanulfo para se mudar para Uberaba. Em janeiro de 1919, um novo local de trabalho é fundado na cidade mineira, o Ponto Bezerra de Menezes, ao lado da casa de Maria Modesto, onde, juntamente com outros médiuns, ela passa a servir de intermediária dos Benfeitores Espirituais, assistindo a enfermos. Todavia, a assistência não se limitava ao intercâmbio espiritual. Em 1922 inicia-se a realização do Natal dos Pobres, beneficiando os necessitados que ali buscavam o amparo, além da assistência prestada aos cegos, presidiários e outras instituições. Pouco tempo depois de fundada a sede social do Centro Espírita Uberabense, em 13 de maio de 1919, um fato importante ocorre: a comunicação psicográfica através de Maria Modesto, do luminoso espírito Ismael, designado pelo Cristo para organizar o trabalho da propagação da Boa Nova no Brasil. Na época, a direção do Centro Espírita Uberabense resolveu consultar a Federação Espírita Brasileira, para saber da autenticidade da mensagem, sendo confirmada pelo próprio comunicante, na sede da FEB. Recebendo orientações de Bezerra de Menezes, a respeito do trabalho desenvolvido do Ponto, o grupo recebe orientação para iniciarem a construção do Sanatório Espírita de Uberaba, sendo sua planta recebida mediunicamente por Maria Modesto. Em 6 de janeiro de 1928, a pedra fundamental é lançada pelo presidente do Centro Espírita Uberabense, médico sanitarista Henrique von Krugger Schroeder. Em 31 de dezembro de 1934 o Sanatório é inaugurado, exercendo o cargo de diretor clínico, o dr. Inácio Ferreira. Junto ao Sanatório Espírita, o trabalho de Maria Modesto foi constante, tendo a benfeitora encontrado ainda tempo para auxiliar na fundação da União da Mocidade Espírita de Uberaba (UMEU), em 1940. Em julho de 1963, devido a sérios problemas de saúde, Maria Modesto Cravo transfere-se para Belo Horizonte, retornando à Pátria Espiritual em 8 de agosto de 1964, vitimada pelo câncer. Bibliografia: – História do Espiritismo em Uberaba – Carlos Baccelli. – Fonte Viva. out/dez de 2002. Casos Curiosos Certo dia, enquanto residia em Uberaba, ainda solteira, fui visitar dona Maria Modesto, como a chamávamos, com meus pais. Enquanto lá estávamos, ela foi chamada, porque estava chegando um rapaz para ser internado, considerado louco. A família já não agüentava mais. Dona Maria Modesto começou a conversar com os familiares e logo em seguida pediu a eles que o desamarrassem. O rapaz chegou de camisa-de-força. – Mas, como? Arguiu o pai! Ele está fora de si. Está muito violento e poderá agredir qualquer um de nós e até vocês mesmos. – Não, disse ela, ele não fará isso. Por minha conta, tirem a camisa-de-força dele. – Oh! Dona, então é por conta sua, porque eu já não aguento mais. Pois bem, desamarraram o rapaz e ele começou a conversar com ela, naturalmente, respondendo o que lhe era perguntado, com todo respeito e tranquilidade. De outra feita, estando Maria Modesto já doente, em Belo Horizonte, para ser tratada pelo médico Walter Boechat, precisou fazer uma extração cirúrgica do dente. A cirurgia demorou por mais ou menos três horas. Ela própria segurava o seu queixo, enquanto o profissional batia o martelo para abalar o dente. O dentista estava muito preocupado com o estado de saúde dela, pois sabia da doença que a acometia. Dona Maria Modesto o acalmava dizendo: – Fique tranquilo, está tudo indo muito bem. Pode continuar. No dia seguinte. Fomos visitá-la em casa de sua filha. O médico chegou também para fazer seu exame de rotina. Sabendo que o dentista estava presente naquele momento, chamou-o e disse: – Como foi você que fez a extração cirúrgica, é bom que você venha participar do exame a que a submeteremos. Pediu a ela que mostrasse onde foi extraído o dente. Qual não foi a surpresa do dentista quando viu que o local do dente estava completamente cicatrizado, como se nada tivesse acontecido.

Passe magnético.




USP confirma eficácia do passe magnético.



Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curarqualquer tipo de mal estar.
O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela

Igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o Espiritismo, que pratica o chamado “passe”.


Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.



Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores.“Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos."



A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou. As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão.“O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição”. 



Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 camundongos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre do ano passado. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes.



Lembremos que Jesus ao curar sempre estendia as mãos. Religiões Populares Brasileiras também estende as mãos a mais de quatro séculos, descendentes do africanismo. Os egípcios, já usavam esse método bem antes de Cristo. Outras Filosofias como diversas técnicas orientais também aceitam a imposição de mãos sobre o outro. Atualmente Religiões protestantes também praticam.

Obsessão, Fascinação de Médiuns



Trecho do livro “Obsessão e desobsessão” - Suely Caldas Schubert

Quanto aos médiuns que já estão atuando, os que já têm uma atividade equilibrada, seria absurdo catalogá-los todos como obsediados. Embora todos os médiuns, tanto quanto todos os seres humanos, sejam suscetíveis de sofrer obsessões. Como diz Joanna de Ângelis: 

“Ninguém que esteja em regime de exceção, na face da Terra.”

Ante uma obsessão sutil ou evidente a afligir o médium, afirma Kardec categoricamente:

“A obsessão, de qualquer grau, sendo sempre efeito de um constrangimento e este não podendo jamais ser exercido por um bom Espírito, segue-se que toda comunicação dada por um médium obsediado é de origem suspeita e nenhuma confiança merece.” (39)

Kardec dedica ao problema da obsessão o capítulo 23 de “O Livro dos Médiuns”, asseverando que ela se apresenta em três principais variedades: são aceitas, que as discutem, não se retira, mas inspira ao médium o
pensamento de se insular, chegando mesmo, não raro, a ordenar-lhe.”   Este comentário de Allan Kardec e o que transcrevemos a seguir são da maior relevância para que se perceba a diferença existente entre a atuação de um Espírito desejoso de enganar e fazer o mal e a do Espírito que somente pratica a caridade e o amor, ensinando o bem e a verdade. Diz-nos o mestre lionês, referindo-se à análise das comunicações: 

“Repetimos: este meio é único, mas é infalível, porque não há comunicação má que resista a uma crítica rigorosa. Os bons Espíritos nunca se ofendem com esta, pois que eles próprios a aconselham e porque nada têm que temer do exame. Apenas os maus se formalizam e procuram evitá-lo, porque tudo têm a perder. Só com isso provam o que são.” (42)

Idêntico proceder vale para os médiuns. Aqueles que se melindram por uma que outra observação que se lhes faça, que por qualquer motivo sintam-se feridos no seu amor-próprio e que por isso se afastem da reunião, estarão comprovadamente sob o assédio de obsessores. Há médiuns que se julgam infalíveis, e, o que é mais sério, jamais admitem que possam sofrer sequer uma influenciação espiritual de ordem inferior. Julgam-se imunes, como que vacinados contra as obsessões. No entanto, como é fácil resvalarmos! Como somos frágeis perante as nossas próprias fraquezas! Como somos visados!
Façamos ecoar em nossos ouvidos, em nosso coração, a advertência notável de André Luiz, já citada no capítulo 4 da Primeira Parte, “Gradação das obsessões”, quando ele diz que:

“somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsediados de alguns minutos (...) doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimáveis da desarmonia (...)“

Quem de nós pode afirmar o contrário?

Livro: OBSESSÃO E DESOBSESSÃO
Autora:SUELY CALDAS SCHUBERT
Editora:FEB

Erraticidade



Os espíritos muito materializados vivem na erraticidade, junto às criaturas encarnadas.
Chama-se erraticidade o estado de existência sem finalidade objetiva e útil, em que se encontram espíritos desencarnados. Embora esse estado tenha como causa primordial o desconhecimento da evolução e do papel do espírito no contexto cósmico, essa angustiosa perplexidade existencial se agrava na medida em que concorrem outros fatores: ignorância e desesperança quanto às possibilidades de evolução, por exemplo; apego a bens materiais, pessoas etc.; contínua revolta por se julgar impotente para agir diretamente sobre a natureza, como os encarnados; e, além da natural dificuldade de adaptação ao novo meio, todas as distorções de avaliação (em que se incluem as de si próprio), bem como inumeráveis outros fatores de ordem pessoal, moral e material que perturbam o recém-desencarnado.
Se não forem essencialmente perversos, esses espíritos errantes facilmente são encaminhados a estâncias de aprendizagem e recuperação existentes no  astral; para tanto, basta orientá-los com segurança.
Junto com a orientação, podemos usar um meio mais rápido de convencê-los. Se, antes de mais nada, eles forem tratados, se os limparmos, trocarmos suas vestes; se eles tiverem curadas suas enfermidades, feridas e dores, mesmo os mais ignorantes e empedernidos se esperançam e se decidem a evoluir, trabalhando e aprendendo. Essa mudança de atitude é bem compreensível. 
Espíritos sem evolução costumam conservar os estados de sofrimento que os levaram à morte, vivendo, por vezes, sofrimentos intensos durante anos a fio. Quando se vêem livres, em minutos, desse horrível prolongamento da agonia (através do emprego de fortes jatos de energias curativas, como veremos adiante), essas pobres criaturas desabrocham para o amor.


Fonte:
José Lacerda de Azevedo
Livro:Espírito / Matéria
Novos Horizontes Para A Medicina

Elementares ou espíritos da natureza


A existência dos elementais, segundo os antigos anciãos e sábios do passado, explicava a dinâmica do universo. Como seres reais, eram responsabilizados pelas mudanças climáticas e correntes marítimas, pela precipitação da chuva ou pelo fato de haver fogo, entre muitos outros fenômenos da natureza. Apesar de ser uma explicação mitológica, própria da maneira pela qual se estruturava o conhecimento na época, eles não estavam enganados. Tanto assim que, apesar de a investigação científica não haver diagnosticado a existência concreta desses seres através de seus métodos, as explicações dadas a tais fenômenos não excluem a ação dos elementais. Pelo contrário.

Os sábios da Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos: terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos, considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.


Então os elementais não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia? Não. Os seres elementais, irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva. Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica.


Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza, esses seres se agrupam segundo suas afinidades.


Seriam então esses agrupamentos aquilo que se chama de família? Isso mesmo! Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas.


Os elementais já estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos? Encarnações humanas, ainda não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem.


Como podem auxiliar em reuniões mediúnicas? Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo, temos a atuação dos silfos ou das sílfides, que se apresentam em estatura pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros espíritos da natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do arco-íris.


Disso se depreende, então, que os silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de elementais? Eu diria apenas que os silfos são, entre todos os elementais, os que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de energia vital poderosa.


Então eles vivem unicamente na atmosfera? Nem todos. Muitos elementais da família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os silfos auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos.


E os outros elementais? Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cachoeiras e, na umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes, bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade.


Sendo assim, qual é a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das águas? A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as sereias, personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros. Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina, respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do mal.


Você pensou que tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar que, em sua grande maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobrem uma realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões.


E as fadas? Bem, podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extra-físicos com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando espíritos perversos são resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e esplendor.


Temos ainda as salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico universal. Sem a ação das salamandras o fogo material definitivamente não existiria. Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada evolutiva, as salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa relação mais íntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e, em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima psíquico mais tranqüilo.


Nas tarefas mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à magia negra. Os espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde, entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos. Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das salamandras.


E os duendes e gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular? Sem dúvida que existem! Os duendes e gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano. Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato. Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim os espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas.


Temos ainda os elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de avissais. Geralmente estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons espíritos, notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de energia primária essencial para a re-constituição da aparência perispiritual de entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se com os membros e órgãos dilacerados.


Não podia imaginar que esses seres tivessem uma ação tão ampla e intensa.


Os elementais são seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos dos reinos inferiores da natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e primário muito intenso. Para eles, o homem é um deus. É habitual, e até natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se â ele intensamente. Portanto, meu filho, todo médium é responsável pelo bom ou mau uso que faz dessas potências e seres da natureza.


Ondinas, sereias, gnomos e fadas são apenas denominações de um vocabulário humano, que tão-somente disfarçam a verdadeira face da natureza extrafísica, bem mais ampla que as percepções ordinárias dos simples mortais. Em meio à vida física, às experiências cotidianas do ser humano, enxameiam seres vivos, atuantes e conscientes. O universo todo está repleto de vida, e todos os seres colaboram para o equilíbrio do mundo. A surpresa com a revelação dessa realidade apenas exprime nossa profunda ignorância quanto aos "mistérios" da criação.


As questões relativas aos seres elementais levantam, ainda, novo questionamento. Os elementais — sejam gnomos, duendes, salamandras ou quaisquer outros — são seres que advêm de um longo processo evolutivo e que estagiaram no reino animal em sua fase imediatamente anterior de desenvolvimento. Portanto, devem ter uma espécie de consciência fragmentária. Onde e em que momento está o elo de ligação desses seres com a humanidade? Quer dizer, em que etapa da cadeia cósmica de evolução esses seres se humanizarão e passarão a ser espíritos, dotados de razão? Até hoje os cientistas da Terra procuram o chamado "elo perdido". Estão atrás de provas concretas, materiais da união entre o animal e o ser humano e buscam localizar o exato momento em que isso teria ocorrido. Em vão. Os espíritos da natureza, seres que concluíram seu processo evolutivo nos reinos inferiores à espécie humana, vivem na fase de transição que denominamos elemental. Entretanto, o processo de humanização, ou, mais precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui a ciência e o poder de conceder a esses seres a luz da razão. E isso não se passa na Terra, mas em mundos especiais, preparados para esse tipo de transição. Quando soar a hora certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então, encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre o mundo animal e o humano. Não o encontrarão jamais. As evidências não estão no planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo Cristo.


O plano da criação é verdadeiramente grandioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós uma reverencia profunda ao autor da vida.

Fonte:
Livro: Aruanda
Médium: Robson Pinheiro
Espírito: Ângelo Inácio
Editora: Casa dos Espíritos Editora

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