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Obsessão, Fascinação de Médiuns



Trecho do livro “Obsessão e desobsessão” - Suely Caldas Schubert

Quanto aos médiuns que já estão atuando, os que já têm uma atividade equilibrada, seria absurdo catalogá-los todos como obsediados. Embora todos os médiuns, tanto quanto todos os seres humanos, sejam suscetíveis de sofrer obsessões. Como diz Joanna de Ângelis: 

“Ninguém que esteja em regime de exceção, na face da Terra.”

Ante uma obsessão sutil ou evidente a afligir o médium, afirma Kardec categoricamente:

“A obsessão, de qualquer grau, sendo sempre efeito de um constrangimento e este não podendo jamais ser exercido por um bom Espírito, segue-se que toda comunicação dada por um médium obsediado é de origem suspeita e nenhuma confiança merece.” (39)

Kardec dedica ao problema da obsessão o capítulo 23 de “O Livro dos Médiuns”, asseverando que ela se apresenta em três principais variedades: são aceitas, que as discutem, não se retira, mas inspira ao médium o
pensamento de se insular, chegando mesmo, não raro, a ordenar-lhe.”   Este comentário de Allan Kardec e o que transcrevemos a seguir são da maior relevância para que se perceba a diferença existente entre a atuação de um Espírito desejoso de enganar e fazer o mal e a do Espírito que somente pratica a caridade e o amor, ensinando o bem e a verdade. Diz-nos o mestre lionês, referindo-se à análise das comunicações: 

“Repetimos: este meio é único, mas é infalível, porque não há comunicação má que resista a uma crítica rigorosa. Os bons Espíritos nunca se ofendem com esta, pois que eles próprios a aconselham e porque nada têm que temer do exame. Apenas os maus se formalizam e procuram evitá-lo, porque tudo têm a perder. Só com isso provam o que são.” (42)

Idêntico proceder vale para os médiuns. Aqueles que se melindram por uma que outra observação que se lhes faça, que por qualquer motivo sintam-se feridos no seu amor-próprio e que por isso se afastem da reunião, estarão comprovadamente sob o assédio de obsessores. Há médiuns que se julgam infalíveis, e, o que é mais sério, jamais admitem que possam sofrer sequer uma influenciação espiritual de ordem inferior. Julgam-se imunes, como que vacinados contra as obsessões. No entanto, como é fácil resvalarmos! Como somos frágeis perante as nossas próprias fraquezas! Como somos visados!
Façamos ecoar em nossos ouvidos, em nosso coração, a advertência notável de André Luiz, já citada no capítulo 4 da Primeira Parte, “Gradação das obsessões”, quando ele diz que:

“somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsediados de alguns minutos (...) doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimáveis da desarmonia (...)“

Quem de nós pode afirmar o contrário?

Livro: OBSESSÃO E DESOBSESSÃO
Autora:SUELY CALDAS SCHUBERT
Editora:FEB

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